O pré-natal engloba o acompanhamento médico da mãe durante toda a gestação. Ele deve começar assim que a gravidez for confirmada, para acompanhar o desenvolvimento do feto e diagnosticar possíveis complicações neste período.
Porém, é importante reforçar que a preparação dos futuros pais deve começar com pelo menos 1 ano de antecedência à concepção do bebê, para que todos os fatores de fertilidade sejam ajustados. Isso inclui visitas ao Ginecologista para a mulher e também a um Nutricionista com olhar voltado para Fertilidade para o casal.
Por que fazer o Pré-Natal?
Durante o pré-natal, a Obstetrícia é a especialidade que acolhe a futura mãe, mas outras especialidades também estão envolvidas neste acompanhamento da gestante. Por isso, é importante escolher profissionais qualificados, que ofereçam um atendimento humanizado e transmitam confiança neste momento tão especial. Principais objetivos do pré-natal:
– Fornecer informações educativas sobre o parto e os cuidados com o bebê;
– Orientar a mamãe sobre a adoção de hábitos saudáveis;
– Orientação Nutricional;
– Aliviar os sintomas típicos da gravidez (dores e enjôos);
– Tratar de doenças já existentes que podem interferir na gestação;
– Prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças próprias da gestação;
– Orientação Psicológica;
– Orientações sobre alimentação, atividades físicas, higiene, atividades de lazer, sexualidade e outros aspectos em que a gestante apresentar dúvidas.
É necessário uma equipe multidisciplinar para um acompanhamento mais amplo do pré-natal. Além do Obstetra, é importante o acompanhamento de um Nutricionista, Psicólogo, Educador Físico, entre outros.
Pré-natal quando começar?
Quando a mulher começa a pensar em engravidar, o ideal é realizar os exames pré-concepcionais. Estes exames identificam possíveis riscos e é possível tratar complicações antes da gravidez, tornando-a mais segura e saudável.
Mas quando a mulher não planejou a gravidez, o pré-natal deve começar assim que se descobre a gestação.
O que é feito na primeira consulta de pré-natal?
Na primeira consulta de pré-natal, o médico conversa e orienta a gestante sobre vários aspectos da sua saúde e da saúde do bebê. Isto inclui todo o histórico médico da mamãe, doenças na família, problemas de saúde, cirurgias prévias, medicações em uso e gestações ou abortos anteriores.
Após essa primeira avaliação, é calculada a idade gestacional do bebê com base na data da última menstruação.
Na primeira consulta, o médico também solicita os exames pré-natal, que servem para acompanhar a gravidez e garantir que a mamãe e o bebê estão saudáveis.
Exames pré-natal
Os exames de pré-natal são realizados ao longo da gestação e, a cada trimestre, são feitos vários procedimentos que analisam a saúde da mamãe e do bebê.
Logo na primeira consulta, o médico já solicita alguns exames para avaliar a saúde da gestante. São eles:
– Tipagem sanguínea e determinação de fator RH;
– Hemograma Completo;
– Sorologia para hepatite B e C, sífilis, HIV, toxoplasmose e citomegalovírus;
– Urina e fezes;
– Glicemia de jejum e teste glicêmico;
– Coagulograma;
– Ultrassonografia obstetrícia inicial.
Entre 11 e 13 semanas é realizada também a ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre.
Exames do Segundo Trimestre
Entre 24 e 28 semanas, é recomendado que seja realizado o teste de tolerância oral à glicose 75 mg, para o diagnóstico de diabetes gestacional.
Também é realizada a ultrassonografia morfológica do segundo trimestre, entre 20 e 24 semanas, onde geralmente já é possível descobrir o sexo do bebê.
Exames Terceiro Trimestre
No terceiro trimestre, o hemograma e a sorologia para hepatite B e C, sífilis, HIV, toxoplasmose e citomegalovírus são repetidos.
Entre 35 e 37 semanas, é realizada a pesquisa da bactéria estreptococo do grupo B, que pode ser transmitida para o bebê durante o parto.
Em alguns casos, também pode ser solicitada a ultrassonografia morfológica do terceiro trimestre.
Vacinas do Pré-Natal
A vacinação é um momento extremamente importante durante o pré-natal. Além da vacina da Covid 19 para grávidas e puérperas , existem outros imunizantes necessários durante a gestação. Confira as vacinas que a gestante deve tomar:
Gripe: é uma das mais importantes e pode ser tomada em qualquer período da gestação, mesmo que a mulher já tenha se vacinado no ano anterior. Vale lembrar que, além de imunizar a gestante contra o vírus Influenza, a vacina da gripe também protege de quadros mais graves de pneumonia.
H3 Tríplice bacteriana (dTpa-difteria, tétano e coqueluche): deve ser tomada entre a 27a semana e a 36ª semana. A coqueluche é uma doença grave em bebês de até 6 meses, sendo a quinta maior causa de mortes em crianças. O tétano pode contaminar o cordão umbilical e a Difteria tem alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos. Quando a mamãe está imunizada, ela passa os anticorpos para o bebê, prevenindo todas essas doenças.
Hepatite B: esta doença é transmitida da mãe para o bebê e traz consequências graves para o feto, podendo levar à morte por carcinoma hepatocelular (um tipo de câncer) ou por cirrose. A vacina deve ser administrada em três doses a partir do segundo trimestre de gestação. Se a gestante já for imunizada, não há necessidade de reforço.
Importância do Pré-Natal
O acompanhamento correto durante o pré-natal pode prevenir partos prematuros, cesáreas desnecessárias e bebês com baixo peso ao nascer. Além disso, reduz o risco de complicações na gestação e a transmissão vertical (da mamãe para o bebê) de doenças como o HIV, sífilis e as hepatites.
Vantagens do pré-natal
– Identifica doenças como a hipertensão arterial, doenças do coração, sífilis, anemia, entre outras, que podem prejudicar a saúde da mamãe e do bebê;
– Detecta precocemente malformações fetais. Em fases iniciais, algumas delas, permitem o tratamento do feto ainda no útero;
– Avalia as condições da placenta. Quando sua localização não está adequada pode provocar graves hemorragias com sérios riscos para a mamãe;
– Identifica a pré-eclâmpsia, elevação da pressão arterial que pode comprometer a função renal e cerebral e ocasionar convulsões e coma. Além disso, a pré-eclâmpsia é uma das principais causas de mortalidade materna no Brasil.
Quantas consultas são necessárias?
No geral, quando a gravidez é considerada de baixo risco, o indicado é realizar uma consulta todo mês até a 28ª semana de gestação. Depois disso, as consultas são quinzenais até a 36ª semana de gestação. Na reta final da gravidez, que se inicia na 37ª semana, as consultas são semanais.
Essas consultas são importantes porque o médico avalia o peso, a pressão arterial, se há sinais de inchaço nas pernas e nos pés da mamãe, a medida da barriga e os batimentos cardíacos do bebê.
Pré-Natal de Alto Risco
A gravidez é considerada de alto risco quando a gestante apresenta alguma doença crônica, já teve gestações anteriores de alto risco ou desenvolve doenças durante a gestação que podem afetar o desenvolvimento do bebê.
Fatores de Risco:
– Diabetes;
– Hipertensão Arterial;
– Lúpus;
– Doenças cardíacas;
– Doenças neurológicas;
– Hepatite;
– HIV ;
– Partos prematuros;
– Descolamento prévio da placenta.
Nestes casos, a gestante precisa de mais cuidado, por isso é recomendado procurar ajuda de um especialista em Medicina Materno-Fetal. As consultas e os exames pré-natal também são mais frequentes.
O Instituto Barini conta com um corpo técnico altamente qualificado e especializado em Medicina Materno-Fetal que realiza o acompanhamento do pré-natal de alto risco. Conheça nossa equipe!