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Psicologia versus Psiquiatria: é hora de priorizar a saúde mental

Falar sobre cuidados com a saúde mental é cada vez menos um tabu. Ainda bem! Porque cuidar da mente é tão importante quanto dar atenção ao corpo, e existem especialistas para dar o suporte adequado de acordo com a necessidade e o contexto de vida de cada paciente. Mas qual a diferença entre psicologia versus psiquiatria versus psicanálise?

Muita gente ainda tem dúvida de qual profissional procurar quando fica difícil lidar com os próprios pensamentos e sentimentos. Tanto os psicólogos e psicanalistas quanto os psiquiatras trabalham com a mente humana, mas têm funções específicas e usam metodologias diferentes. Eles podem, no entanto, atuar em conjunto para tratar ou acompanhar o paciente.

Independente da abordagem, o objetivo de todos eles é buscar qualidade de vida e promover a saúde do paciente. Vamos entender como cada um atua?

Mulher com roupa profissional sentada em cadeira e falando. De costas e sem fogo, outra mulher escuta,
Conversar ajuda.

Psicólogos

A psicologia é uma área das ciências humanas que estuda o comportamento e processos mentais, que formam as emoções, razões, pensamentos e sentimentos. E o psicólogo é o profissional graduado nesta área, tornando-se apto a tratar problemas ligados à mente humana, em diferentes linhas de atuação (terapia cognitivo-comportamental, psicologia analítica, humanista, sistêmica, linhas corporais…).

Os tratamentos são feitos em psicoterapias ou orientações psicológicas, que acontecem a partir de observações, conversas e outras técnicas capazes de revelar as raízes de um desequilíbrio na saúde mental do paciente ou comportamentos disfuncionais.

O psicólogo enxerga o paciente de modo global, consideração suas questões sociais, psíquicas e biológicas, e busca formas de ressignificar seus sentimentos e pensamentos, usando de uma comunicação assertiva e uma expressão acessível para que o paciente possa sentir confiança e encontrar um caminho para uma vida mais equilibrada.

O acompanhamento de um psicólogo pode ter duração de alguns meses até anos, de acordo com o quadro evolutivo do paciente. Além de atuar em tratamentos de doenças que afetam a saúde mental, o psicólogo também pode trabalhar o autoconhecimento em suas sessões.

Alguns casos em que os psicólogos atuam:

– Depressão
– Ansiedade
– Síndrome do Pânico
– Autoconhecimento
– Relação com a autoestima
– Inteligência emocional
– Relações sociais
– Planos de vida e carreira

Existem diferentes escolas de pensamento da Psicologia, e a partir delas, várias abordagens de psicoterapias. Mas é importante destacar que um psicólogo não é médico, portanto, não prescreve medicamentos para os seus pacientes. Quando o caso requer um tratamento medicamentoso, o profissional pode encaminhar o paciente para um psiquiatra, e eles podem seguir o acompanhamento em conjunto ou não.

Psiquiatras

Como já adiantamos no parágrafo anterior, o psiquiatra é o único que pode receitar remédios para transtornos mentais por ter formação médica. Além da graduação em medicina, o profissional ainda faz a especialização em psiquiatria para atuar na área.

A psiquiatria trabalha com os sofrimentos mentais de natureza biológica ou funcional, no âmbito da doença propriamente dita, buscando prevenir, tratar ou reabilitar a pessoa nas mais diversas gravidades.

Ele é indicado para casos como:

– Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)
– Depressão
– Bipolaridade
– Ansiedade
– Dependência química
– Transtornos de personalidade
– Esquizofrenia
– Compulsão alimentar
– Dentre outros

A formação do psiquiatra abrange conhecimentos sobre neurologia e psicofarmacologia, o que confere ao profissional a capacidade de diagnosticar as questões biológicas do quadro do paciente.

Os diagnósticos são realizados a partir de histórico clínico e, se necessários, exames de imagem, laboratoriais e testes neurológicos. Então, ele pode prescrever o medicamento ou a combinação de medicamentos indicada para o caso, fazer ajustes ao longo do tratamento e acompanhar o processo de retirada ou diminuição das doses dos remédios em casos de redução ou desaparecimento dos sintomas.

Além dos fármacos, o psiquiatra pode associar o tratamento a uma psicoterapia, a depender do contexto, bem como orientar a adoção de hábitos mais saudáveis que levem a condições melhores de vida.

Duas mulheres conversando. Uma sentada num sofá, sem sapato e com cara séria. A outra está sentada numa cadeira, de costas e segurando papel e caneta.
Uma escuta qualificada pode te ajudar.

Psicanalistas

A Psicanálise surgiu no século XX. Trata-se de um método terapêutico baseado nas teorias propostas pelo notável médico neurologista, Sigmund Freud. Em seus estudos, ele buscou entender como funcionava a mente humana, principalmente das pessoas em sofrimento mental, criando a linha terapêutica que visa o autoconhecimento como ferramenta para enfrentar questões e situações do mundo exterior. Freud é até hoje conhecido como o “pai” da psicanálise.

Para ser um psicanalista não é necessário ser um médico ou psicólogo, apesar de muitos profissionais terem também uma dessas profissões. Os psicanalistas são formados em um curso específico, embora muitas instituições tenham como pré-requisito para o aluno um diploma de graduação em qualquer área. É uma profissão que requer muito estudo, prática e também que o psicanalista passe pela psicanálise como paciente.

Somente nos casos em que o psicanalista é também médico psiquiatra, o profissional pode receitar medicamentos aos seus pacientes.

As sessões de psicanálise ajudam a pessoa a entender melhor seus sentimentos, emoções e sintomas. Para isso acontecer, o indivíduo deve se sentir o mais à vontade possível para falar sobre seus sonhos e percepções sobre situações vividas que acessem o seu inconsciente.

Usando como ferramentas a fala e a escuta analítica, o diferencial do trabalho do psicanalista está em interpretar como o conteúdo do inconsciente de um indivíduo afeta suas atitudes, escolhas, palavras, pensamentos e sentimentos.

Não existe nenhuma contraindicação, logo, ela é indicada para qualquer um que deseje compreender melhor a si mesmo, lidar melhor com suas emoções, pensamentos, situações traumáticas, memórias doloridas e assim por diante. Para tratamentos de distúrbios mentais, a psicanálise pode trazer benefícios nos seguintes casos:

– Transtornos alimentares
– Crise de pânico
– Fobias
– Traumas
– Transtorno de ansiedade
– Anorexia nervosa
– Transtorno obsessivo compulsivo (TOC)
– Dentre outros

Como se pode ver, há diferenças de abordagem e de finalidade entre os diversos profissionais que cuidam de nossa saúde mental e emocional. Não existe uma regra absoluta que determine qual profissional escolher, mas deve-se ponderar se o caso pode necessitar de tratamento medicamentoso (que só o psiquiatra faz) e pesquisar se para o seu caso há linhas de atuação que tendem a dar melhores resultados.

O importante é reafirmar a importância de cuidar da saúde mental para elevar a qualidade de vida. Sintomas como tristeza profunda prolongada, pânico, dificuldade de concentração, excesso de variação de humor, descontrole emocional, pensamentos negativos recorrentes, sensação de estar sendo constantemente perseguido, vícios em drogas ou jogos são alertas vermelhos para a necessidade de priorizar a sua saúde mental. Porém baixa autoestima, dificuldade de se relacionar, de se expressar, de ter prazer e equilíbrio na vida, também são elementos com os quais a psicologia e a psicanálise podem te ajudar, tornando a vida mais leve e mais feliz. E os profissionais do Instituto Barini podem auxiliar você na busca pelo profissional que poderá ajudar a restabelecer seu equilíbrio emocional e sua qualidade de vida. Conte conosco.


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