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Fertilização In Vitro e o emocional do casal

Após um ano tentando engravidar sem sucesso, mesmo mantendo relações frequentes e regulares e sem nenhum tipo de contraceptivo, o casal é considerado infértil. Para as mulheres a partir de 35 anos, esse período cai para seis meses. As causas são diversas e muitas delas são tratáveis. Porém, esta é uma trajetória cheia de expectativas – individuais, do casal, da família e do meio social – que geram um impacto emocional significativo e que não deve ser ignorado.

Quando acontece o diagnóstico da infertilidade, geralmente o casal entra no modo “solucionar o problema”. Querem encontrar um caminho para seguir adiante sem parar para cuidar de seu estado emocional. O casal (e a sociedade) quer pular a parte ruim porque não sabe lidar com a dor.

Mas a quebra da expectativa de engravidar naturalmente vem acompanhada de um turbilhão de sentimentos que necessita ser nomeado: luto.

Luto pela gestação idealizada de forma “natural”. Luto pelas expectativas não alcançadas pelo casal. Luto por uma maternidade/paternidade que não aconteceu (ainda).

Fertilização in vitro e psicologia:  Casal abraçado e homem beijando testa da mulher.

Por que logo comigo?

Como ninguém espera receber um diagnóstico de infertilidade, normalmente o casal é pego de surpresa. A autoimagem de uma mulher ou homem fértil é abalada e o filho que já existia na mente dos pais, pode não nascer. As experiências familiares projetadas podem nunca se concretizar porque o seu corpo, o corpo do(a) companheiro(a) ou de ambos, não permite. E tudo isso gera sofrimento.

Com a interrupção desse projeto de vida que vinha sendo alimentado, é necessária a reavaliação e reorganização dos planos. E agora? O casal vai conhecer suas opções e decidir os próximos passos.

Graças aos avanços científicos e tecnológicos, os casais hoje contam com técnicas de reprodução assistida que podem solucionar grande parte dos casos de infertilidade, sem precisar desistir do sonho de engravidar. Buscar um tratamento é uma escolha que deve ser feita em conjunto, de preferência com muito diálogo e sinceridade. E a adaptação a essa nova realidade também é complexa.

Preparando-se para a FIV

Normalmente o casal entra para o processo da Fertilização in Vitro cheio de otimismo, muitas vezes até ignorando o fato de que não há garantia de sucesso. A FIV é encarada como uma chance definitiva de ter um filho, e o casal se agarra a essa possibilidade com todas as forças. Porém, apesar de ser realmente uma alternativa maravilhosa, ela pode desencadear frustrações.

Medo, ansiedade, depressão, diminuição da autoestima, culpa e vergonha associadas à infertilidade e à necessidade de se submeter a um tratamento, podem surgir. Quando a primeira tentativa não dá certo e é preciso tentar um novo ciclo, os sentimentos podem se intensificar. E eles não devem ser condenados e nem omitidos.

Fertilização in vitro e psicologia: Mãos dadas e duas xícaras de café

A pressão da família e dos amigos

O projeto familiar envolve mais do que somente os parceiros amorosos. Existem as expectativas dos futuros avós, que aguardam ansiosos pela chegada da criança e veem como um dever dos filhos darem continuidade ao sobrenome. Há também a expectativa dos amigos, que além de torcerem para que os planos do casal deem certo, projetam a parentalidade como algo social e coletivo. Não é incomum ver muitas amigas engravidando ao mesmo tempo, ou desejando terem filhos contemporâneos. Esse contexto, por si só, já cria uma pressão. Quando a notícia da infertilidade vem, isso é potencializado.

Na tentativa de dar apoio aos tentantes, muitas vezes os amigos e familiares fazem comentários que mais atrapalham do que ajudam. “Quando você relaxar, você vai engravidar”, “Não fique triste, logo você tenta de novo” são frases que fazem com que o casal se sinta incompreendido e silenciado em seus sentimentos e muitas vezes prefiram se isolar ou mesmo esconder que estão passando por um tratamento.

Enquanto sociedade, temos dificuldade em lidar com o que não dá certo conforme idealizamos. Como geralmente as pessoas não sabem o que fazer ou o que dizer, tendemos a querer pular para uma parte mais fácil, mais feliz.

O luto não reconhecido

Uma perda gestacional ou uma Fertilização in Vitro que não se converteu em uma gravidez são situações muito dolorosas.

Esse sofrimento vivenciado a cada tentativa frustrada traz a sensação de luto pela perda. Para os tentantes, psicologicamente a não-gravidez é a morte da expectativa de um bebê que já havia sido concebido no emocional e na mente. A falha ao engravidar é o luto pelo não-vivido.

A nossa sociedade ainda tende a minimizar esse sofrimento, pois não aprendeu a reconhecer e dar nome a essa dor. E assim, cria-se um sentimento que pode ser comparado em intensidade com a perda de um ente querido, mas no final das contas é um luto solitário e invisível.

Fertilização in vitro e psicologia: Casal abraçado. Homem abraçando barriga da mulher, que está grávida.

É preciso ressignificar.

Durante os tratamentos de reprodução assistida, os casais costumam apresentar sentimentos como medo, tristeza e falta de controle, que podem causar mudanças no sono, no humor e no apetite. Apesar de serem reações normais, é necessário observar.

Estudos mostram que o impacto negativo dessas experiências é maior no estado emocional das mulheres do que no dos homens. Isso se deve, em parte, pelo fato dela estar exposta durante o tratamento, recebendo hormônios e outros medicamentos, além do peso emocional de ser a pessoa que vai abrigar aquele novo ser. Porém, o homem também tem suas demandas emocionais. Muitas vezes ele vive sentimentos que são ignorados, pois todo o foco é voltado para a saúde física e emocional da mulher, principalmente após uma perda.

Socialmente, os homens são menos acostumados a verbalizarem suas emoções. Mas eles precisam ser ouvidos, ajudados e também precisam elaborar seus sentimentos. Para eles a sensação de falta de controle é ainda maior, porque não é o corpo do homem que sofre mudanças, e isso também precisa ser trabalhado.

Para dar o passo seguinte, é preciso estar seguro em relação ao passo anterior. Não dá para jogar as emoções geradas pelo insucesso para debaixo do tapete. A questão biológica é fundamental para uma nova tentativa, mas o psicológico também é. Esse casal já está pronto para o novo ciclo?

Os profissionais de saúde mental podem e devem ser acionados quando há uma dificuldade em lidar com os impactos de uma grande frustração. O psicólogo vai avaliar o estado emocional das partes, identificar distúrbios, buscar caminhos para reforçar o vínculo entre o casal, com a equipe, além trabalhar as sequelas emocionais e psicológicas geradas, seus valores e crenças.

O objetivo do acompanhamento psicológico é ajudar a aliviar o sofrimento e regular as fantasias em relação a todas as vivências que eles passaram ou ainda vão passar. Por isso, antes de partir para uma nova etapa, tanto o homem quanto a mulher precisam participar das discussões, entender o que está acontecendo e ter espaço para serem ouvidos. Emocionar-se ao falar não é ruim, sentir tristeza não é sinal de fraqueza e é importante aceitar e liberar o que se está sentindo.

Quando uma pessoa não consegue dar lugar aos sentimentos negativos, essa energia se acumula e a acompanha na próxima experiência. Quando o medo não é dissipado, mesmo que a gestação se concretize, a mulher segue com aquele peso de que algo ruim pode acontecer a qualquer momento. O luto do bebê perdido pode influenciar a criação do bebê que chegou, criando pais excessivamente protetores e afetando o desenvolvimento da criança. Quando lidamos com esses sentimentos, abrimos espaço para seguir uma vida mais tranquila e emocionalmente mais saudável para toda a família.

Como lidar com sua saúde emocional durante a FIV

Se você está vivendo um luto, é importante falar sobre sua história e seus sentimentos. Falar pode ser curativo. É uma maneira de processar seus sentimentos, suas expectativas e suas frustrações, entender o que aconteceu e se preparar emocionalmente para uma próxima fase, seja ela a fase que for. Isto pode ser feito com amigos ou parentes de confiança que tenham a capacidade de ouvir sem julgamento – aquela pessoa que faz você se sentir à vontade para ser 100% você mesma(o) – ou pode-se recorrer a um psicólogo especializado em FIV. O importante é ter o espaço necessário para expressão e amadurecimento destas emoções, até que se sinta novamente tranquila(o) e confiante para prosseguir.

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