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Reprodução humana

As diversas técnicas de Reprodução Assistida têm possibilitado a inúmeros casais se tornarem pais, mesmo em situações consideradas insolúveis há alguns anos atrás.

Reprodução Humana

Como ocorre o processo de reprodução humana?

Por que não consigo engravidar?

Quando pensamos em reprodução humana, logo nos vem em mente um processo muito natural que decorre da relação sexual entre duas pessoas. 

Entretanto, existe uma complexidade neste processo envolvendo, por exemplo, os sistemas reprodutor, imunológico e endócrino, tanto feminino quanto masculino, o que pode levar o casal, em algumas situações, a ter dificuldade em engravidar.  

Quando o casal tem dificuldade de gerar uma gravidez, pode ser por decorrência de infertilidade (alguma dificuldade para engravidar, porém tratável) ou esterilidade (que é a total infertilidade). Além disto, nos casos em que há a dificuldade de se manter a gravidez até a viabilidade, isto também é entendido como uma infertilidade relacionada ao abortamento habitual (também chamado de aborto recorrente). Se este for o seu caso, clique aqui.

Nestes casos, é recomendado buscar a orientação de um especialista em reprodução humana. Ele irá avaliar o caso, solicitar os exames específicos e indicar o melhor tratamento de acordo com o histórico e diagnóstico do casal.

Para que a reprodução humana aconteça de forma natural, os sistemas reprodutores do casal devem estar em perfeito funcionamento. 

O processo inicia-se quando o homem ejacula na vagina da mulher, permitindo que os espermatozóides entrem na cavidade uterina. Já dentro do útero, os espermatozóides continuam sua jornada, até chegarem às trompas. Se o ovário tiver liberado o óvulo no processo de ovulação, esse óvulo é captado pelas trompas e fertilizado pelo espermatozóide, ainda dentro das trompas. 

Dessa forma, nasce o zigoto (pré-embrião), dividindo-se em duas células, depois em quatro, oito e assim por diante. Após alguns dias, com a ajuda dos movimentos dos cílios contidos nas células da superfície das trompas, o zigoto é conduzido até o útero.  Lá, ele deve se implantar para continuar a se desenvolver, passando pela fase de embrião, até virar um feto. Esse processo da implantação do embrião no útero se chama nidação.

Logo depois da chegada do embrião ao útero, inicia-se a produção do hormônio chamado Gonadotrofina Coriônica  (ou HCG, do inglês), que leva o ovário a produzir estrogênio e progesterona, informando à glândula hipófise (glândula endócrina) que a mulher está grávida.

Com a constatação da gravidez, os hormônios FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante) param de ser produzidos, suspendendo novos processos de ovulação e ciclos menstruais. É a presença do hormônio HCG que também  confirma a gestação em testes de gravidez.

Quando um homem e uma mulher decidem tentar engravidar, é normal sentirem ansiedade e criarem expectativa já nos primeiros meses. Muitos de nós tivemos esta experiência ou conhecemos alguém que já passou por esse tipo de situação.Apesar dessa expectativa do casal tentante, a gravidez muitas vezes não ocorre na velocidade desejada, pois a probabilidade de engravidar para quem não se previne e não é infértil, é de 20% por ciclo menstrual. 

Por outro lado, é importante salientar que é considerado infértil um casal que não obtém uma gestação, após 1 ano de relações sexuais frequentes e sem uso de contraceptivos.

No caso de mulheres com mais de 35 anos, o ideal é procurar um especialista em reprodução humana depois de 6 meses de tentativas. Os motivos que levam à infertilidade são diversos. Listamos alguns deles a seguir. 

Causas da Infertilidade Feminina

Os principais fatores de infertilidade da mulher são:

  • Idade acima dos 35 anos;
  • Deficiência na ovulação;
  • Menopausa precoce;
  • Obstrução nas trompas ou limitação da mobilidade tubária (para a gravidez ocorrer, as trompas devem se movimentar em busca do óvulo);
  • Fatores Genéticos;
  • Malformações e miomas uterinos;
  • Alterações no endométrio;
  • Endometriose;
  • Doenças hormonais (endocrinopatias);
  • Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs);
  • Hábitos de vida considerados prejudiciais à saúde (exposição a ambientes tóxicos, estresse crônico, tabagismo, sedentarismo e obesidade).

Causas da Infertilidade Masculina

Os principais fatores de infertilidade do homem são:

  • Idade acima dos 55 anos;
  • Varicocele (dilatação anormal das veias testiculares);
  • Causas genéticas;
  • Infecções ou traumas;
  • Fragmentação do DNA espermático;
  • Criptorquidia (quando os testículos não descem completamente para a bolsa escrotal, durante o processo de formação do corpo do homem);
  • Doenças hormonais (endocrinopatias);
  • Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs);
  •  Hábitos de vida considerados prejudiciais à saúde (exposição a ambientes tóxicos, estresse crônico, tabagismo, sedentarismo, alimentação inflamatória e obesidade).

 Apesar de toda a investigação e todo o avanço científico, em aproximadamente 10% dos casos não há uma causa identificável para a  infertilidade do casal, sendo considerados  Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA).

Cada caso é um caso e, para identificar o motivo exato da infertilidade, o médico especialista deve realizar exames diagnósticos específicos. Estudos mostram que em aproximadamente 40% dos casos a infertilidade tem origem somente na mulher, em 40% somente no homem e em 20% ocorre a coincidência de fatores de infertilidade masculinos e femininos, simultaneamente.

Exames Básicos no Estudo da Infertilidade

Todo casal com suspeita de infertilidade deve realizar os seguintes exames: 

  • Exame de cariótipo (estudo genético);
  • Rastreamento para doenças sexualmente transmissíveis (DSTs);
  • Avaliação metabólica e nutricional.

 

Todo homem com suspeita de infertilidade deve realizar os seguintes exames:

  • Espermograma completo, com estudo da morfologia de Kruger;
  • Estudo da Fragmentação do DNA Espermático;
  • Dosagens hormonais;
  • Pesquisa da varicocele (dilatação anormal das veias testiculares), através de exame clínico ou ultrassonografia com Doppler.

 

Toda mulher com suspeita de infertilidade deve realizar os seguintes exames:

  • Dosagem do Hormônio Anti-Mulleriano (ou antimülleriano, ou ainda AMH), através do qual se quantifica a reserva ovariana. O AMH permite identificar como a paciente irá responder aos medicamentos de indução de ovulação e também se ela dispõe, ainda, de quantidade significativa de óvulos para engravidar, já que a mulher nasce com uma quantidade finita de óvulos;
  • Dosagens hormonais;
  • Estudo da ovulação (acompanhamento das dosagens hormonais e imagens de Ultrassom em um ciclo menstrual);
  • Histerossalpingografia (raio-x da cavidade uterina e das trompas) ou Hidrohisterossonosalpingografia (ultrassom da cavidade uterina e das trompas);
  • Ultrassom pélvico.

Entenda quais são os exames para identificar a causa raiz da Infertilidade

Exames para o Estudo Aprofundado da Infertilidade

Em situações específicas, podem ser solicitados exames adicionais para o homem, como:

  • Biópsia de testículo;
  • Estudos genéticos complementares.

Em situações específicas, podem ser solicitados exames adicionais para a mulher, como:

  • Ultrassom para pesquisa de Endometriose Profunda;
  • Ressonância Magnética Nuclear Pélvica, para avaliar alterações morfológicas dos ovários, trompas e útero;
  • Histeroscopia (avaliação da cavidade endometrial e do endométrio);
  • Biópsia de Endométrio (pesquisa de endometriose crônica e imunohistoquímica);
  • Videolaparoscopia (método cirúrgico endoscópico para se avaliar e tratar a endometriose, aderências pélvicas e eventualmente tumores benignos);

Nos casos de Falhas de Implantação do embrião no útero, o Instituto Barini possui especialistas pioneiros que realizam também o estudo do comportamento do sistema imune em relação à gravidez, aprofundando a investigação e, assim, auxiliando inúmeros casais a se tornarem pais. Há poucos profissionais, no Brasil, que dominam estes conhecimentos e o Instituto está, inclusive, com iniciativas para que mais médicos possam multiplicar tais conhecimentos, beneficiando o maior número de casais que desejam ter filhos e encontram dificuldades persistentes. Os exames indicados para investigação dos fatores que interferem nestas situações são:

  • Imunofenotipagem das células NK: é a quantificação no sangue das células de defesa inata do organismo, que interagem com as células embrionárias;
  • Atividades das Células NK: estudo da reatividade do sistema imunológico a uma cultura de células de placenta, para determinar se há um componente de reação inflamatória exagerada do sistema imune com relação à gravidez;
  • Perfil de Citocinas Intracelulares (balanço Th1/Th2): identificação do equilíbrio da resposta inflamatória e resposta imunossupressora, ou seja, se o sistema está equilibrado ou pode prejudicar a gravidez;
  • Perfil Imunohistoquímico do endométrio: quantificação das células do sistema imunológico no endométrio.

 

Nos casos de Falhas de Implantação também deve ser pesquisado se há alguma trombofilia hereditária ou adquirida (condição que aumenta o risco de trombose na placenta, interferindo na implantação e evolução da gravidez), através dos seguintes exames:

  • Pesquisa da mutação do gene do fator V de Leiden
  • Pesquisa da mutação G2010210A do gene da protrombina
  • Pesquisa do polimorfismo 4G/5G do gene PAI-1
  • Pesquisa do polimorfismo C677T e A1298C do gene MTHFR
  • Pesquisa do anticorpo anticardiolipina IgG/IgM
  • Pesquisa do anticorpo anti ß 2 glicoproteína-1 IgG/IgM
  • Pesquisa do anticoagulante lúpico. 
  • Dosagem de proteína S da coagulação, fração livre e total
  • Dosagem de proteína C da coagulação, fração livre e total
  • Dosagem de antitrombina III
  • Dosagem de homocisteína

Dentro do estudo da infertilidade, podemos incluir os casos de abortamento recorrente (também conhecido como aborto habitual), que é quando, repetidamente, a gravidez se interrompe antes de 20 semanas. Para estes casos, diagnósticos e tratamentos específicos são indicados. Se este for o seu caso, clique aqui para maiores informações.

aspas amarelas instituto barini

A Infertilidade tem múltiplas causas: hormonais, infecciosas, genéticas, endometriose e hábitos de vida. Um diagnóstico preciso é fundamental para se obter os melhores resultados com os menores custos possíveis.

Nutrição, Endocrinologia e Estilo de Vida versus Fertilidade

A nutrição do nosso organismo, através da alimentação, ingestão de líquidos e, quando necessário, suplementação, posa um papel fundamental na preservação de uma boa fertilidade, tanto para os homens quanto para as mulheres. Os maus hábitos alimentares podem ser fatores de piora ou mesmo decisivos para a infertilidade.

Para avaliar a influência da nutrição na sua fertilidade e tomar medidas para aprimorá-la, é recomendado consultar um nutricionista especializado em fertilidade. 

Os distúrbios endócrinos podem ter um impacto significativo na fertilidade. As doenças da tireoide, da hipófise e a diabetes, além de desequilíbrios nos hormônios sexuais, influenciam de forma decisiva na fertilidade do casal. O devido equilíbrio destas disfunções faz parte do tratamento de fertilidade, assim como do preparo de uma gravidez saudável. Para conhecer mais sobre esta especialidade, leia nosso artigo: Endocrinologia.

Assim como ocorre no caso de nossa alimentação, outros hábitos de vida como o sedentarismo, o estresse crônico, o fumo e a insônia podem ser fatores de piora ou mesmo decisivos para a infertilidade. Uma nova abordagem clínica tem surgido nas últimas décadas, voltada a atuar apoiando os pacientes a conseguirem modificar determinados costumes que possam estar interferindo com sua saúde atual e futura, incluindo sua fertilidade. Para conhecer mais sobre o assunto, leia nosso artigo: Medicina de Estilo de Vida.

O Instituto Barini apresenta, em sua equipe, profissionais especializados em Nutrição para a fertilidade, Endocrinologia e Medicina de Estilo de Vida, capacitados para orientar e auxiliar a adoção de medidas para recuperar a sua fertilidade.

O Instituto Barini é referência em Reprodução Humana, tendo orgulhosamente em sua equipe alguns dos melhores profissionais da área em todo o país.

Nossa equipe é composta por profissionais que também realizam, há mais de 25 anos, o diagnóstico e tratamento das causas imunológicas para o Aborto  Recorrente e as Falhas de Implantação em Reprodução Assistida. Por meio de exames, identificamos se há um desequilíbrio no sistema imunológico, que, consequentemente, afeta a gravidez. 

Conheça nossa equipe especializada em Reprodução Humana e saiba mais sobre nossas Áreas de Atuação.

Tratamentos de Reprodução Humana: Reprodução Assistida

A partir do momento em que a infertilidade conjugal é diagnosticada, o médico especialista em reprodução humana irá direcionar e escolher, em conjunto com o casal, o tratamento mais adequado, assim como indicar eventuais tratamentos complementares com endocrinologistas, nutricionistas e médicos que atuem em outras especialidades necessárias a cada caso em particular.

Os principais tratamentos de Reprodução Humana atualmente disponíveis compõem o que conhecemos como Reprodução Assistida e são:

Coito Programado: neste método, a indução da ovulação pode ou não ser realizada. Por meio do acompanhamento do ciclo fértil da mulher, o médico especialista em reprodução humana determina o melhor dia para que o casal tenha relações sexuais, com mais chances de gravidez. Este método é indicado para os casos em que haja um distúrbio ovulatório, assim como os casos sem diagnóstico específico (conhecidos pela sigla ISCA).

Inseminação Artificial: o procedimento começa por meio da indução da ovulação. No período mais próximo da ovulação esperada, os espermatozóides (coletados do parceiro ou adquiridos por esperma de doadores) são inseridos dentro do útero da mulher, após preparo laboratorial. Neste processo, a fecundação ainda ocorre de maneira natural. A Inseminação artificial também é indicada quando identificado distúrbio ovulatório, assim como quando os espermatozóides apresentam baixa motilidade, tendo, portanto, sua capacidade de migração em direção ao óvulo reduzida.

Fertilização In Vitro (FIV ou IVF): é o processo de fecundação entre óvulo e espermatozoides realizado em laboratório, que se inicia com a indução da ovulação da mulher através de doses de hormônios superiores às utilizadas na Inseminação Artificial e no Coito Programado. Ao atingirem o tamanho adequado, de aproximadamente 18mm, os óvulos estarão prontos para serem retirados do ovário. A retirada é feita por aspiração dos folículos ovarianos, com a paciente sob sedação, através de uma punção. Em seguida, os espermatozóides também são colhidos e, juntos, são fecundados. Os embriões formados com sucesso e que atinjam o estágio de desenvolvimento satisfatório (blastocistos), serão transferidos para o útero.

 A Fertilização In Vitro tem uma ampla gama de indicações, desde problemas com as trompas, endometriose, fatores masculinos e até em casos nos quais há maior risco de doenças genéticas, para que seja feita seleção embrionária.

Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI): é uma técnica laboratorial em que um espermatozoide saudável é escolhido microscopicamente e injetado diretamente dentro do óvulo, aumentando as chances de fecundação dentro do processo de FIV. É um método indicado, portanto, para os casos de fatores masculinos que afetem a qualidade ou quantidade espermática. Atualmente, a maioria dos laboratórios de embriologia privilegiam esta técnica em todos os tratamentos de FIV, por apresentar bons resultados e permitir o melhor aproveitamento de todos os óvulos coletados.

Mini FIV: nessa técnica também é feita a indução da ovulação, porém priorizando especialmente a qualidade do material genético, em vez da quantidade de óvulos produzidos em cada ciclo de indução. É indicado para mulheres com mais de 40 anos, idade em que o organismo apresenta maior dificuldade para responder ao estímulo hormonal para indução da ovulação (produção de óvulos a partir dos folículos com os quais a mulher nasce). Nesta técnica, utilizam-se baixas quantidades de medicamentos indutores de ovulação, ou mesmo apenas o acompanhamento do ciclo natural, sem a utilização de hormônios. Na Mini FIV, são captados óvulos em vários ciclos subsequentes, que são criopreservados e, posteriormente, fecundados em uma única vez.

 

 

Em situações específicas, alguns procedimentos complementares podem ser necessários para aumentar as chances de sucesso nos tratamentos de Reprodução Assistida, tais como:

Assisted Hatching: indicada para casos de aborto de repetição, endometriose, idade avançada e falhas repetidas em FIVs anteriores, esta técnica contribui na abertura da capa protetora do embrião, o que facilita sua implantação dentro do útero.

Physiological Intracytoplasmic Sperm Injection (PICSI): nessa técnica laboratorial é feita a seleção de espermatozoides maduros. Esta triagem tem como critério sua aderência em uma placa contendo ácido hialurônico. A PICSI é indicada para casos de aborto de repetição, falha de fertilização e implantação e alta quantidade de fragmentação de DNA espermático (ou seja, quebra do DNA espermático, geralmente resultante de hábitos de vida insalubres). 

Preservação da Fertilidade: para mulheres ou casais que planejam ter filhos após a idade mais fértil (especialmente no caso da mulher), ou seja, querem adiar o processo de reprodução, a Preservação da Fertilidade também pode contribuir, por meio do congelamento de óvulos ou de sêmen. A Preservação da Fertilidade  permite um planejamento reprodutivo seguro e eficaz, seja por questões de planejamento familiar ou mesmo de saúde (como o surgimento de um câncer cujo tratamento pode colocar em risco a fertilidade futura). 

 

 

Quanto custa o Tratamento de Reprodução Humana?

Existem diversos procedimentos de Reprodução Assistida, cuja recomendação deve ser feita após extensa análise de um médico especializado na área de reprodução humana.

O custo dos tratamentos de Reprodução Assistida varia bastante e depende de diversos fatores. Entre eles se destacam o procedimento indicado para o caso e a quantidade de tentativas para que a gravidez tenha êxito. Por isso, ressaltamos a importância de consultar um especialista, que irá realizar uma avaliação minuciosa. Diagnósticos imprecisos resultarão, muitas vezes, em tratamentos inadequados e, portanto, com altos custos emocionais e financeiros.

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